Existem diversas causas possíveis para explicar este sintoma tão incômodo para os bebês e para os pais. As causas mais aceitas são:
- A primeira possibilidade e a mais aceita é de que o sistema digestivo do bebê, assim como o sistema nervoso, ainda não amadureceram e o bebê reage a algumas substâncias do leite materno ou leite artificial e também porque as contrações intestinais do bebê ainda estariam desorganizadas.
- O bebê engole muito ar, porque ainda não consegue organizar sua respiração com sua deglutição, então, toda vez que mama, além do leite, ele engole também uma boa quantidade de ar.
- Outra possível razão é quando o bebê recebe uma quantidade de alimento maior do que sua capacidade de digerir. Esta possibilidade deve ser pensada sempre que a criança chorar muito, porém ganha mais peso do que a média e regurgita ou vomita muito.
- Também é possível que uma das causas seja o fumo, tanto aquele consumido pela mãe durante a gestação assim como a convivência com pessoas que fumam.
Estas são alguma possibilidades, porém não existe ainda uma causa totalmente conhecida, e, portanto, também não existe nenhum tratamento 100% eficaz.
Outros fatores que podem influenciar são o temperamento da criança, a ansiedade dos pais e a personalidade da mãe.
Porém, algumas coisas já sabemos sobre as cólicas dos bebê:
- Quando surgem, duram pelo menos 3 horas;
- Acontecem pelo menos 3 dias por semana;
- Costumam desaparecer aos 3 meses.
Esta é a chamada “regra dos 3”.
O que fazer quando o bebê tem muita cólica?
Em primeiro lugar tente esclarecer todas as suas dúvidas junto com seu pediatra.
Entenda que não existe uma fórmula mágica para resolver o problema e que muitas vezes, nada do que você tentar irá funcionar, portanto, manter a calma é fundamental e quando achar que não dá mais para aguentar ver o bebê chorando peça ajuda e descanse um pouco.
É muito importante que você se convença que na grande maioria das vezes este quadro é totalmente normal, principalmente se se encaixar na “regra dos 3”.
Mantenha o bebê em algum local com pouca luminosidade e se possível sem barulho.
Evite sacudir o bebê, isto pode deixa-lo mais irritado.
Quando o bebê estiver melhor e conseguir dormir, você deve aproveitar esta trégua e também descansar, para se recompor para um provável próximo episódio.
Se for possível, mantenha o bebê sem roupinha e o aconchegue com muito carinho, fazendo leves massagens pelo corpinho, ou mantendo sua mão aquecida sobre a barriguinha. O contato da sua pele diretamente com a pele do bebê é muito importante para que ele se sinta seguro.
Não interrompa a amamentação, pois a alimentação não faz piorar o quadro. Mas siga sempre as orientações do seu pediatra.
É importante sempre se lembrar que não existem medicamentos que resolvam o problema e, NUNCA SE ESQUEÇA QUE ISTO VAI PASSAR.
É fundamental que a criança se sinta segura junto à mamãe ou ao papai. Para que isto aconteça é importante que ambos tenham muita calma e transmitam esta calma ao bebê.
Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde, 2003